Confiança na construção civil em
outubro de 2024
O setor de construção civil no Brasil experimentou uma estabilidade no nível de confiança durante outubro de 2024, segundo a Sondagem da Construção divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Com base em dados coletados de 593 empresas, o Índice de Confiança da Construção (ICST) registrou uma leve variação de 0,1 ponto, situando-se em 97,2 pontos. Embora esse índice esteja abaixo da neutralidade (100 pontos), ele reflete um cenário de estabilidade e uma leve redução no pessimismo com a projeção de negócios para os próximos meses.
A coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre, Ana Maria Castelo, comentou que as empresas ainda demonstram cautela devido a fatores como alta de juros, limitações fiscais dos governos e mudanças nas regras de financiamento habitacional. Apesar dos desafios, a projeção para o futuro melhorou em relação aos últimos meses, especialmente no que se refere ao otimismo dos negócios a médio prazo.
O ICST é composto por dois subindicadores principais: o Índice de Situação Atual (ISA-CST) e o Índice de Expectativas (IE-CST). Em outubro, o ISA-CST apresentou uma leve queda de 0,5 ponto, situando-se em 96,8 pontos, enquanto o IE-CST subiu 0,7 ponto, alcançando 97,8 pontos. A queda no ISA-CST é atribuída à redução na percepção sobre a situação dos negócios, embora o volume de contratos tenha registrado uma pequena alta.
Por outro lado, o IE-CST reflete um aumento na confiança para o médio prazo, com o indicador de tendência dos negócios para os próximos seis meses subindo 1,9 ponto. Esse cenário sugere que, embora o setor enfrente dificuldades imediatas, há um otimismo crescente para o desenvolvimento de novos negócios no futuro próximo.
Um dos principais desafios enfrentados pela construção civil em 2024 tem sido a escassez e o aumento dos custos da mão de obra. Dados da sondagem indicam que 35% das empresas entrevistadas apontaram a falta de mão de obra qualificada como uma limitação ao crescimento, seguida por 22% que mencionaram o alto custo da mão de obra e 20% que citaram a dificuldade de acesso a crédito bancário. No segmento de edificações residenciais, o custo da mão de obra já ocupa a segunda posição entre as limitações à expansão dos negócios.
Quanto aos materiais, embora os custos continuem a subir, eles apresentam um ritmo de aumento menor em comparação com os da mão de obra. Essa tendência se reflete no Índice Nacional de Custos da Construção (INCC), que atualmente é o componente com maior elevação no Índice Geral de Preços (IGP) em um período de 12 meses.
Outro dado importante é o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci), que teve um aumento de 0,5 ponto percentual em outubro, chegando a 79,7%. Esse indicador mede a porcentagem da capacidade produtiva efetivamente utilizada pelas empresas, e um aumento pode indicar uma recuperação ou expansão na demanda. Especificamente, os níveis de utilização de mão de obra e de máquinas e equipamentos cresceram para 81% e 74,8%, respectivamente.
O cenário da construção civil em outubro de 2024 revela um setor em estabilidade, com indicadores de confiança moderados e algumas projeções mais otimistas para o futuro. Enquanto os custos com mão de obra e materiais representam desafios contínuos, o setor demonstra resiliência e adaptação às condições de mercado.
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